Fases do Renascimento — TURMA 203

Ulisses B. dos Santos
4 min readAug 7, 2020

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O movimento cultural que chamamos Renascimento tem sua origem na Itália, tanto que suas fases são expressões, obviamente, em italiano. A saber: Trecento, Quatrocento, Cinquecento.

Vamos relembrar as características gerais do movimento: Antropocentrismo, Racionalismo, Humanismo, Individualismo e Inspiração na Antiguidade Clássica.

a) Antropocentrismo: o homem passa a ser o visto como o “centro do universo” e é valorizado como ser racional, capaz de criar e explicar os fenômenos* à sua volta. Esta característica contrapõe-se também ao Teocentrismo Medieval, que era justamente a colocação da divindade (DEUS) no centro no pensamento medieval.

b) Racionalismo: a razão humana é a base de todo o conhecimento, obtido através da observação e experimentação, na tentativa de explicar as leis que regem o mundo.

c) Humanismo: valorização de um saber crítico , racional, voltado para a sua busca do conhecimento sobre o ser humano e suas potencialidades.

d) Individualismo: o artista busca sua afirmação, enquanto criador, passando a assinar suas obras.

e) Inspiração na Antiguidade Clássica: os pensadores e artistas procuravam imitar a estética dos antigos gregos e romanos, acreditando ser o modelo ideal. Vindo daí o ter Renascimento.

TRECENTO (SÉCULO XIV)

O nome das fases refere-se ao século em que ocorreram, neste caso “os trezentos — 1301 em diante. Este período é dado, pelos estudiosos como sendo de transição. QUE TRANSIÇÃO?

A transição do pensamento medieval para o moderno, da arte bizantina para a renascentista. O destaque do Trecento é a cidade de Florença que era o pólo político, econômico e cultural da região.

Obra de destaque:

“O milagre da Fonte”, de Giotto. Porque o destaque?

“O milagre da fonte”, Giotto

Por retratar uma cena prosaica, cotidiana. Pense se seria possível este quadro ter destaque na Idade Média? Ao mesmo tempo, repare que as personagens são pessoas do clero. Portanto, a religião não é esquecida. O que muda é o foco com que ela é tratada. Outro exemplo é o afresco de Giotto “A entrada em Jerusalém” que mostra — algo impensado no medievo — uma pessoa subindo numa árvore para ver a cena de destaque

“Entrada em Jerusalém” de Giotto

Obras de importância deste período:

“A Divina Comédia”, de Dante Alighieri

“Decameron”, de Boccaccio

QUATROCENTO (XV)

Neste período os artistas tiveram mais liberdade sobre suas exigências, escolhiam o tipo de atinha a usar bem como o preço das obras. É quando também houve interesse por filósofos como Platão, Cícero e Vitrúvio e, com isso, tem-se a restauração do latim. Florença ganha especial destaque e detém a primazia política e passa a ser considerada o maior centro cultural renascentista.

Obras importantes do período:

“As provações de Moisés” , Botticelli

“Coragem”, Botticelli

Pietá, Michelangelo

CINQUECENTO (XVI)

O ponto forte da escultura renascentista são obras de grande porte e beleza tendo como exemplo “Davi”, e seus cinco metros de altura esculpidos em mármore de Michelangelo e “Moisés” do mesmo artista. Outros exemplos da arte do Ciquecento são:

Monalisa, Da Vinci
“A Escola de Atenas”, Rafael Sanzio

É também nesta fase que temos definitivo para a história da humanidade que foram “As Grandes Navegações”, quando as coroas europeias saíram na conquista ultramarina e chegaram ao Novo Mundo a transição para o Maneirismo e o Barroco

Filmografia:

“O nome da Rosa”, (1986)

“1492 — a Conquista do Paraíso”, (1992)

“Desmundo”, (2002)

Ficamos por aqui, meus caros e caras, lembrando que nossa próxima aula via meet será no dia 12/08 às 9 horas. O link está na página da turma no Class room. Agora é só marcar as mãozinhas no final do texto.

Abraços,

Ulisses B. dos Santos

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